Alumni Económicas (Alumni)

Faleceu no dia 2 de abril de 2015 o nosso ilustre colega Professor José da Silva Lopes.

A Alumni Económicas manifesta o seu profundo pesar pelo desaparecimento do seu ilustre Antigo Aluno, e apresenta à sua família as mais sentidas condolências.

Iniciou a sua carreira no Ministério da Economia, em 1955, ocupando-se do processo de adesão de Portugal à EFTA.
Em 1969 integra o Conselho de Administração da Caixa Geral de Depósitos, dirigindo simultaneamente o Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério das Finanças, até 1974.
Em 1972 é chefe-adjunto das negociações do Acordo de Comércio Livre com a CEE..
Foi Governador do Banco de Portugal, entre 1975 e 1980, fez parte dos primeiros quatro governos do pós-25 de Abril e, em 1978 foi Ministro das Finanças e do Plano.
Presidiu a Caixa Geral de Depósitos e o Montepio.
Foi um importante protagonista das intervenções do FMI em Portugal, trabalhou de perto com alguns dos economistas mais conhecidos da actualidade, como Paul Krugman, em 1977 e esteve envolvido no segundo pedido de ajuda, que ocorreu em 1983.
Como recorda o Banco de Portugal, nos anos noventa, Silva Lopes teve também um papel fundamental na reformulação da legislação aplicável ao sistema financeiro português. Foi também administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), representante de Portugal junto do Banco Mundial e Presidente do Conselho Económico e Social. Hoje era ainda membro por inerência do Conselho Consultivo do banco central português.

Em 1972 foi feito Comendador da Ordem Militar de Cristo e em 2003 o Presidente da República Jorge Sampaio elevou-o a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo.

A 24 maio 2004, recebeu o Grau de Doutor Honoris Causa pelo ISEG. 

Em 2012 é distinguido pela Alumni Económicas e pelo ISEG como "Antigo Aluno do Ano na Carreira Económica, Política e Social " Como reconhecimento de plena justiça por uma carreira de serviço, dedicação e decisiva competência ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Pela sua intervenção activa nas primeiras negociações com a então CEE. Pela sua laboriosa e distinguida liderança do Banco de Portugal numa das fases mais conturbadas da Economia da Nação. Pela sua actuação diligente e visionária enquanto Ministro das Finanças. Pela sua meritória actividade internacional. Pela sua generosidade e entrega nas actividades parlamentares e autárquicas. Pelo contributo que também tem dado a Portugal emprestando empenhadamente o seu conhecimento à iniciativa privada. Pelo seu exemplo de Cidadania. Pelo prestígio com que honra o ISEG. Por ser inquestionavelmente um dos Portugueses que "por obras valorosas se vão da lei da morte libertando". Por tudo o que lhe devemos."

O corpo estará em câmara ardente a partir das 10h00 de amanhã, 4ªfeira, 8 Abril, na Basílica da Estrela.

A missa de corpo presente realiza-se às 15h00.